​Na madrugada desta sexta-feira, 25 de abril de 2025, o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso em Maceió, Alagoas, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem de prisão foi cumprida por volta das 4h, após o STF rejeitar o último recurso da defesa contra a condenação de Collor a oito anos e dez meses de prisão, em regime inicial fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. ​CartaCapital

A condenação de Collor está relacionada a um esquema de corrupção na BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras. Segundo as investigações, entre 2010 e 2014, Collor, com o auxílio dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, recebeu aproximadamente R$ 20 milhões em propinas para facilitar contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, visando à construção de bases de distribuição de combustíveis. Em troca, Collor teria utilizado sua influência política para indicar e manter diretores na estatal. ​Ministério Público FederalEstado de MinasNotícias STF+1jurinews.com.br+1

Além da pena de prisão, o STF determinou que Collor e os demais condenados paguem solidariamente R$ 20 milhões a título de indenização por danos morais coletivos. Também foi decretada a perda de bens, direitos e valores obtidos ilicitamente, bem como a interdição de Collor para o exercício de cargo ou função pública pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade. ​CNN Brasil+1Notícias STF+1Notícias STF+1CNN Brasil+1

A decisão de Alexandre de Moraes será submetida à validação do plenário virtual do STF em sessão extraordinária convocada para esta sexta-feira, das 11h às 23h59. A defesa de Collor ainda não se pronunciou oficialmente sobre a prisão. ​Agência Brasil

Este caso é um desdobramento da Operação Lava Jato e marca mais um episódio de responsabilização judicial de ex-presidentes brasileiros por envolvimento em esquemas de corrupção.