Polícia revela resultado da Operação Cortina de Fumaça que causou um prejuízo de cerca R$ 14 milhões para o crime organizado
Publicado em 17/09/2024 17:01
REGIONAL

 

Região

Polícia revela resultado da Operação Cortina de Fumaça que causou um prejuízo de cerca R$ 14 milhões para o crime organizado

A ação conjunta entre Polícia Civil do Paraná, Polícia Rodoviária Federal e a Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC), aconteceu na manhã desta terça-feira (17), em 12 cidades do Paraná, incluindo cinco municípios da região Sudoeste, entre eles Francisco Beltrão, Marmeleiro e Dois Vizinhos

17/09/2024por Portal do Romeu

 
 

Uma megaoperação contra duas organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas e ao roubo de cargas ilícitas, foi deflagrada nesta terça-feira (17) e chamou a atenção de moradores de algumas cidades da região Sudoeste. Isso porque, a ação conjunta da Polícia Civil do Paraná, Polícia Rodoviária Federal e a Divisão Estadual de Narcóticos, aconteceu simultaneamente em 12 cidades do Paraná, sendo cinco delas na região Sudoeste, além de um município no estado de São Paulo. A operação intitulada “Cortina de Fumaça” envolveu a participação de 150 policiais, helicópteros que forneceram apoio aéreo e cães policiais que atuaram na busca por armas de fogo e drogas. E foi assim, que desde as primeiras horas da manhã os agentes policiais estiveram com a missão de cumprir 38 mandados de busca e apreensão e mandados de prisão preventiva. No total a operação resultou na prisão de 23 pessoas, sendo 7 delas em flagrante e outras 16 com mandados de prisão preventiva, apreensão de 9 veículos, 11 armas de fogo e a quantia de 100 mil reais em dinheiro. A operação aconteceu nos municípios de Francisco Beltrão, Marmeleiro, Renascença, Santo Antonio do Sudoeste, Dois Vizinhos, Quedas do Iguaçu, Toledo, Pato Bragado, Cascavel, Ubiratã, Medianeira e Curitiba, além da cidade paulista de Mairinque.

Como aconteceram as investigações e como era a forma de agir dos criminosos?

Segundo a polícia, as investigações iniciaram ainda no final do ano passado, quando foi identificada uma organização criminosa que utilizava caminhões de uma empresa de transporte para distribuir entorpecentes do Oeste do Paraná para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. As cargas ilegais eram disfarçadas em mercadorias lícitas, com o objetivo de despistar as autoridades. A organização atuante no tráfico de drogas era chefiada por um empresário do ramo de transportes, que utilizava seus caminhões para o envio dos entorpecentes, transferindo-os temporariamente para nome de terceiros, encobrindo o real proprietário caso houvesse apreensão. Além do tráfico de drogas, outra organização criminosa atuante no roubo de cargas ilícitas foi identificada. Utilizando rastreadores clandestinos, os criminosos monitoravam os caminhões para roubar as mercadorias.

Essa organização criminosa era integrada por policiais civis de São Paulo, os quais utilizavam suas funções para apreender as cargas ilícitas. Eles chegavam a apresentar uma pequena parte das mercadorias apreendidas para os procedimentos de flagrância apropriando-se do restante para comercializar. A delegada responsável pelo núcleo de Pato Branco da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), Franciela Alberton, detalhou mais sobre a ação policial desencadeada nesta terça-feira. “Com as investigações pode-se identificar toda a rede integrante, motoristas, pessoas envolvidas no armazenamento, no carregamento e esse líder. Além disso, durante as investigações desse grupo atuante no tráfico, a polícia conseguiu identificar um outro grupo que atuava no roubo das cargas que esse tráfico levava. Então através das informações de um integrante do grupo do tráfico para o grupo do roubo, eles monitoravam através de rastreamento veiculares, os caminhões que transportavam o ilícito. E havendo indício que esse veículo estava com droga, então esse grupo do roubo atuava, roubava essa carga, por que roubava a carga ilícita? Porque a vítima não ia fazer denúncia disso porque era um crime que ela estava cometendo e depois revendia esse produto, obtendo a vantagem ilícita. Um desses líderes desse segundo grupo criminoso é um foragido da justiça do Rio Grande do Sul, onde ele tem mais de 28 anos de condenação e ele residia aqui em Francisco Beltrão, tinha um estabelecimento comercial no centro da cidade e utilizava uma CNH falsa”, destacou a delegada.

Ainda de acordo com a polícia, durante a investigação, cinco grandes carregamentos de drogas foram apreendidos, totalizando mais de seis toneladas de maconha, 65 quilos de crack e quase 240 quilos de Skank, que segundo os delegados responsáveis pela operação, deixaram um prejuízo de R$ 14 milhões à organização criminosa.

 

*Abaixo, o registro da ação policial durante as investigações que resultaram na prisão de diversas pessoas, apreensão de armas, drogas e de dinheiro. Fotos/ Polícia Civil.

Comentários

Chat Online