SERGIO MORO NA FRENTE: DO TRIBUNAL PARA O PALÁCIO IGUAÇU (COM AMPLA VANTAGEM)
Se a eleição para governador do Paraná fosse hoje, o ex-juiz e agora político de carteirinha,
Sergio Moro (União Brasil), venceria todos os cenários simulados pela Paraná Pesquisas.
Aparentemente, o homem que passou anos decidindo o destino dos outros resolveu decidir o futuro do estado e com uma vantagem que daria até para dispensar o segundo turno e ir direto para a posse com faixa e tudo.
Na pesquisa espontânea aquela em que o eleitor precisa lembrar o nome do candidato sem ninguém soprar no ouvido, Moro aparece com 17,2% das intenções de voto.
Nada mal para quem ainda está se acostumando a trocar a toga por apertos de mão e selfies em feira livre.
Mas o grande plot twist dessa novela eleitoral é que
Ratinho Junior, o atual governador, lidera essa modalidade com 72%.
O povo ainda cita o nome do homem como se ele fosse candidato à reeleição... só esqueceram de avisar que ele não pode mais se candidatar.
Outros nomes também foram lembrados na pesquisa espontânea:
Alexandre Curi (4,2%),
Rafael Greca (1,5%) e
Roberto Requião (0,8%). Mas, convenhamos, esses números parecem mais lista de presença do que intenção de voto.
Dá até para imaginar o Requião aparecendo na pesquisa com aquele clássico bordão: "O povo do Paraná não me esquece... só não lembra de votar em mim."
Nos cenários estimulados, quando os entrevistados recebem uma lista de opções, Moro dispara na frente e venceria todos os seus adversários.
Parece que o homem que já prendeu muita gente agora quer prender a faixa de governador na cintura.
Se o Paraná continuar nesse ritmo, vão ter que inventar o prêmio "Moro de Ouro" para quem ousar desafiar o ex-juiz nas urnas.
Agora, só resta saber se até a eleição o eleitorado vai continuar achando que Moro é o nome certo para o governo ou se tudo isso não passa de um grande habeas corpus preventivo para livrar o Paraná de candidatos menos carismáticos.
Enquanto isso, a campanha promete ser animada.
A gente só espera que as promessas sejam cumpridas e que o único pacote que apareça seja o pacote de obras, não o anticrime.